domingo, 9 de dezembro de 2012

já não tenho idade (post longo, mas vale a pena)

para andar na rambóia até às quatro da matina, é um facto. acordei com uma má disposição generalizada com a sensação de que por mim passava o dia na cama, sem vontade de mexer uma palha e tenho frio, muito frio. mas falemos de coisas menos tristes... jantares de empresa, certo? quem já teve sabe como é, a quem nunca passou por nenhum deixo aqui um pequeno resumé.

mesmo que não seja um jantar de gala, preparem-se adequadamente. o dress code, ainda que não esteja oficialmente instituído, é de levar a bela da pernoca de fora. o tamanho da saia ou vestido bem como do decote fica ao vosso critério. também é quase certo que grande parte do mulherio passará no cabeleireiro; unhas e maquilhagem são de extrema importância. é quase como quando vão a um casamento, percebem a ideia? é que quando entram na sala todos (ou quase todos) os olhares femininos se dirigirão à vossa pessoa como que avaliando internamente o grau de concorrência que repesentam em termos de beleza. 

o jantar em si pode ser dividido em três actos. o primeiro ocorre durante os aperitivos e pratos principais em estão todos com fome e intercalam cada garfada conversando com os colegas de mesa. tudo muito educado e muito polido, como ensinam as boas maneiras. 

o segundo acto começa quando entra em cena o serviço de animação contratado para o efeito - karaoke, neste caso. normalmente são duas pessoas que em nada "pescam" de som ou música no geral, mas que se acham excelentes cantores (um pouco como aqueles cromos do ídolos). a generalidade das pessoas optará por mostrar os seus dotes em músicas que eu apelido de pop portuguesa, embora haja quem diga que são pimba. não podem faltar músicas como afinal havia outra, lusitana paixão, jardins proibidos, taras e manias, mentira... e a lista não termina aqui. é a partir deste momento que a maior parte das pessoas começa a abandonar o local.

no terceiro acto quem está "alegre" diverte-se imenso: já ninguém sabe muito bem quem está a abraçar ou com quem está a dançar; quem está sóbrio está a apanhar uma grande seca. moral da história: não me armar em condutora segura da próxima vez e levar o carro cheio que é para não ter que esperar que todos queiram vir embora para eu ir para casa... dormir.

1 comentário:

  1. Adorei a tua descrição. Também costumava ir. Agora não tenho paciência para o dress code nem para cabeleireiros!

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digam de vossa justiça...