festas, arraiais, bailaricos e afins.

cá no norte não há aldeia que não tenha a sua festa de verão. há música de coreto, música de baile, procissões com andores floridos, carrosséis, farturas, bifanas, pipocas, carrinhos de choque e foguetes à meia-noite. na adolescência a festa em honra do santo padroeiro lá da vila era o ponto alto do verão. era das poucas vezes em que me era permitido sair à noite. e a malta estava toda lá. era a oportunidade de rever os amigos da escola e quiçá (se tivesse sorte) de me cruzar com a paixão platónica que me tirasse o sono na altura. devaneios à parte, hoje em dia estes bailaricos passam-me ao lado. a única coisa que ainda me chama a atenção são as roulottes das farturas. era um churro de chocolate, por favor! 

há contudo uma excepção que me arrebata o coração. senhora da agonia, a romaria das romarias. por tudo o que representa, por ser estandarte desta cidade pela qual, mesmo estando longe, sinto um enorme orgulho.