terça-feira, 19 de março de 2013

pai.

não conheço palavra que, a par do vocábulo mãe, diga tanto em três letras apenas.

pai,

tu que impunhas a autoridade e respeito que a mãe nem sempre conseguia. tu que trabalhavas de sol a sol, de segunda a sábado, para que nada nos faltasse. [só me recordo de teres tirado férias uma única vez por ocasião da Páscoa para nos levares a passear pela região centro]. tu que sempre nos incentivaste a conhecer mais: através do jornal que compravas religiosamente todos os dias e dos passeios de domingo que nos conduziam a novos lugares (e que na altura eu e o mano dizíamos ser uma grande seca). tu que chegando já de noite a casa pegavas no carro se acaso faltasse algum material escolar - uma cartolina que fizesse falta levar na manhã seguinte, um livro necessário para terminar um trabalho. tu que nos ensinaste a não esbanjar. tu que ainda hoje te preocupas com o bem-estar dos teus filhos. tu que vinhas a correr se algum de nós estivesse doente e fosse necessário ir ao médico.

e dito isto assim parece tão pouco o que é tanto.

1 comentário:

  1. As palavras nunca chegam para comentar o grande coração de um pai!

    Maria

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digam de vossa justiça...