domingo, 1 de julho de 2012

eu nunca acreditei muito

neste casamento. logo desde início. passo a explicar: tanta paixão e tanta ânsia de a demonstrar nunca me convenceram. depois veio o noivado, a suri e o casamento em cerca de ano e meio apenas. tudo muito rápido, a meu ver, ainda sob o efeito da paixão. lidar com fanáticos não é fácil e tom cruise há muito que passou a barreira do senso comum enquanto membro da cientologia. 

para quem desconhece esta religião (porque é reconhecida como tal em alguns países) fiquem a saber que há setenta e cinco milhões de anos os planetas foraram uma confederação de galáxias governada por um líder maléfico chamado xenu (sim, é mesmo xenu o nome do senhor). mas esperem, o melhor vem aí. ora, devido a problemas de superpopulação, xenu enviou alguns milhões de habitantes para a terra e bang! cá estamos nós. se eu vos disser que a cientologia foi fundada por um autor de ficção científica tudo faz mais sentido, não? pois, foi o que me pareceu.

há quem diga que o fundador criou a cientologia precisamente para ganhar dinheiro o que justifica os elevados montantes de doações que são exigidas livremente efectuadas pelos membros. cá na europa, algumas das delegações desta igreja têm sido acusadas de fraude. deve ser porque somos muito opressivos, mas isto é só a minha ironia a falar.

tom cruise aderiu à cientologia já em mil novecentos e oitenta e seis e o seu fanatismo custou-lhe os dois primeiros casamentos que, aliás, sempre foram considerados fonte potencial de problemas pela seita. ora nos últimos sete anos, a katie aturou isto. isto e um parto que ao que consta se passou em silêncio absoluto, sem recurso a epidural e sem exames médicos à recém-nascida que teve de ficar separada da mãe nas primeiras vinte e quatro horas. ora se o silêncio imposto é precisamente para não criar traumas na criança, este afastamento não faz sentido nenhum. katie suportou alegadamente um regime alimentar que a levou a emagracer até ao casamento. katie distanciou-se dos pais, católicos praticantes. katie concordou em educar a filha como se de uma pequena adulta se tratasse quando na verdade é de uma criança que estamos a falar. uma criança que usa saltos altos desde cedo e que, pasme-se, teve o seu primeiro cartão de crédito aos quatro anos! wtf?

tudo isto para vos explicar porque razão nunca acreditei muito nesta relação, apregoada desde o início aos sete ventos em tudo o que era comunicação social. quando estamos apaixonados acreditamos que conseguimos mudar a pessoa que temos a nosso lado. wrong! ou nos habituamos a (con)viver com aquilo que menos gostamos ou então a relação não tem futuro. simplesmente porque chega a uma altura em que nos fartamos. e colocamos um ponto final.

1 comentário:

digam de vossa justiça...