segunda-feira, 18 de junho de 2012

amor(es) de verão.

havia aquele amigo que na infância vinha com a família de frança passar cá os verões. com a chegada da adolescência comecei a olhá-lo com outros olhos mas a timidez impediu-me de avançar. ficava-me pelos olhares. os verões passaram, a vida continuou e uns anos depois ele veio passar férias já casado, com sua esposa. 

na adolescência tive uma paixoneta por um amigo dos meus primos que nunca cheguei a confessar. depois ele emigrou para a alemanha em virtude de ter engravidado a namorada e de o pai desta se ter chateado (foi uma quase-história de faca e alguidar). revia-o ano após ano na festa da aldeia, em pleno verão. procurava-o entre a multidão. julgo que ele nunca reparou em mim; desconhecia a minha existência. já não o vejo há alguns anos mas sei que hoje ainda é casado com a mesma mulher (coisa de se valorizar nos tempos que correm). 

na juventude houve aquele rapaz que me conquistou e me deixou pendurada e que só consegui esquecer na primavera seguinte. hoje olho para trás e considero que foram tolices próprias da idade, coisas perfeitamente normais e saudáveis, paixonetas platónicas e amores algo impossíveis. acho que já todos passamos por alguma destas histórias.

1 comentário:

  1. Todos temos esses desgostos de amor, que parecem pequenos mas nos marcam para sempre.

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digam de vossa justiça...